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Centro de Preparação para o Parto \"BARRIGUITAS\"



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Testemunhos

»» Jornal de Matosinhos 31 de Janeiro de 2003

Numa sociedade cada vez mais acelerada a maternidade levanta múltiplas dúvidas
PARTO COM OU SEM PREPARAÇÃO?
“Barriguitas” é o nome do ginásio de preparação para o parto que abriu recentemente em Matosinhos, junto à Escola Secundária nº 1.
A funcionar em horário pós laboral, flexivel, e com capacidade para turmas de oito grávidas, o “Barriguitas” nasceu da dificuldade das grávidas em conciliar a frequência deste género de aulas com o horário de trabalho:
- “Eu já lecciono há alguns anos e o que acontece é que a maioria das grávidas tem imensa dificuldade em obter dispensa laboral para a frequência das aulas, que normalmente tem horário diurno. Só que faz parte da legislação de protecção à maternidade a grávida ter direito à dispensa para se deslocar às consultas pré-natais e à preparação para o parto. O que acontece é que a maior parte das entidades patronais não as dispensa, e se o fazem acabam por, de uma ou de outra forma, pressioná-las para não faltarem”, explicou Rosa Vilarinho, enfermeira especialista em saúde materna e obstétrica.
A preparação para o parto assenta em duas vertentes: teórica e prática.
Nas aulas teóricas são analisados temas em que as grávidas possam apresentar algumas dificuldades,tais como o cuidar do recém-nascido, “por isso falamos de vários aspectos relacionados com puericultura, mudança de fralda, banho e cuidados a ter com o bebé”.
O aleitamento materno é outro dos temas mais importantes, pela tendência crescente das mães portuguesas, ao contrário do que acontece no resto da Europa, não amamentarem os filhos – “por isso procuro incentivá-las. Caso não seja possivel, há que ensinar os cuidados a ter com os biberões e com todo o material necessário ao aleitamento artificial”.
Do ensinamento teórico constam ainda, noções básicas de anatomo-fisiologia, do corpo da mulher, do trabalho de parto e do parto em si.
Rosa Vilarinho revela que a maior parte das mulheres quando ouve falar no parto fica assustada, “e um dos objectivos do curso é desmistificar esse medo. Quando grávida a mulher fica muito receptiva e absorve tudo o que dizem, e depois há familiares e amigas que lhes vão contando histórias que, na maior parte das vezes, não corresponde à realidade, e só acabam por por fazer com que a grávida fique cada vez mais amedrontada. As aulas servem para ela colocar de parte todos os receios, para perceber qual a fisiologia do parto, quais são as transformações que o organismo dela vai passar até conseguir expulsar o bebé, de forma a ficar calma e colaborante quando tudo acontecer”.
Na vertente prática, são realizados vários tipos de exercicios. Começam pelos exercicios da bacia (básculas) para a prevenção de lombalgias, para ajudar a favorecer a posição do bebé e a rotação que ele faz na baci da mãe. Fzem igualmente exercicios de relaxamento, “Onde a grávida vai concentrar-se no seu corpo e tentar criar uma consciencialização dele”. Já os exercicios respiratórios visam oxigenar o bebé in útero, aumentar o limiar de sensibilidae à dor, favorecer o relaxamentoe evitar desiquilibrios respiratórios.
E para que tudo corra bem é-lhes apresentado um esquema de erros, a grávida vai tomar conhecimento do que está certo ou não e do que está errado, do que pode e do que não pode fazer durante o trabalho de parto. Já no final da gravidez, a partir das 36 ou 37 semanas, são iniciados esforços expulsivos “para a grávida conseguir conciliar esses esforços com os exercicios respiratórios, localizar e treinar os músculos que vão ser responsáveis pela expulsão do bebé”.
Aconselhado a grávidas a partir das 32 semanas de gestação, o curso e ministrado de forma gradual e frequentado uma a duas vezes por semana.
Neste momento, a faixa etária que mais aflui aos cursos de preparação para o parto, ronda os 30 anos. Para Rosa Vilarinho esta é uma consequência da sociedade moderna e da evolução que esta vai sofrendo ao longo dos anos.
- “A mulher foi mudando ao longo do tempo. Se olhermos para trás, constatamos que as nossas avós não tinham outro objectivo se não cuidar da casa e dos filhos. A dedicação à maternidade era maior. As familias também eram mais numerosas, e as meninas acabavam por acompanhar o nascimento e o crescimento dos irmãos mais novos, ajudando a criá-los. Hoje em dia está tudo diferente. As familias não são tão numerosas e há tendência para serem cada vez mais pequenas, do mesmo modo que as mulheres têm outro objectivo de vida. Actualmente o principal factor da educação de uma menina não é a vocação para a meternidade, mas os estudos, para que possa aceder a um curso superior para se tornar numa boa profisional e numa mulher independente. Quando se forma, quer arranjar um bom emprego, adquirir estabilidade económica, comprar casa e carro, alcançar estabilidade emocional, sendo a maternidade como que o último objectivo, o que já acontece na casa dos trinta”.
Com o ritmo de vida acelerado e um distanciamento da familia, quando chega a hora de serem mães é grande o desconhecimento de como cuidar dos filhos, e a soução mais prática é a consulta de livros e da própria Internet.
Rosa Vilarinho adverte que apesar de haver bastante literatura, muitas vezes acaba por ser contraditória, “e a baralhação é ainda maior, principalmente no que diz respeito aos cuidados do bebé – como dar banho, o que vestir, o que fazer quando choram – que é onde reside grande parte das dúvidas”.
Ao longo das aulas as incertezas vão sendo esclarecidas e esta pequena formação revela-se bastante divertida, “porque acaba por lhes dar uma certa confiança”. Também os maridos podem assistir às aulas, o que os ajuda posteriormente a ter um papel mais activo na paternidade e no acompanhamento do trabalho de parto, já que hoje a maior parte das instituições permite que a grávida esteja acompanhada, “mas para isso é igualmente necessário formá-los, para que eles possam ajudar a mãe, incentivando-a a aplicar o que aprendem nas aulas”.
Confessa que são muitas as grávidas que no pós-parto vão ter com ela e manifestam a importância que as aulas tiveram e como as ajudaram naquele momento:
- “E realmente quem se conseguir transpor da sala de aula para a sala de partos, consegue ter um bom parto, já que este depende maioritáriamente do comportamento da parturiente. Quanto mais calma e cooperante estiver, mais fácil e mais rápido será o parto, acabando por se tornar num momento único e cheio de felicidade, talvez um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher: ser mãe”.



»» Enfermeira Rosa:
Queremos agradecer-lhe:
- Todos os ensinamentos, conselhos, truques transmitidos às futuras mamãs e papás durante as suas aulas que possibilitam o dissipar de muitas dúvidas e ansiedades e nos dão muita tranquilidade e segurança.
- A possibilidade de convivio entre as grávidas, que permite a troca de experiências, o partilhar de bons e maus momentos vividos durante a gravidez o que nos faz sentir mis confiantes durante esta longa “viagem” de 9 meses.
- O carinho, dedicação e disponibilidade dispensadas nas aulas, quer no bloco de partos.
Muioto obrigado pelos bons momentos que nos proporcionou e pela serenidade transmitida.
Maria e Gustavo e Bebé Leonor



»» Enfermeira Rosa:
Queria agradecer-lhe a simpatia e carinho que dispensou ao papá e à mamã, numa fase ansiosa da vida deles, enquanto esperavam que eu viesse para fora. Agora que já cá estou, não queria deixar de dizer o meu muito obrigado, em nome da mamã e do papá.
Um beijo
Tomás
P.S. – Eles são péssimos a fazer massagens.Será que não lhes podia ensinar qualquer coisa ???



»» Para a Enfª Rosa e futuras mamãs
Um beijo com muita ternura e admiração para a enfª Rosa, da Melissa e da mamã!
Um beijo também para as futuras mamãs! Que tenham todas uma hora feliz e que depois se deliciem de todos os momentos de serem mamãs!
Uma Feliz Páscoa
Março 2005
Melissa (Bebé 5 estrelas)
Maria Sereno (mamã)
Dany (papá)



»» Cara Rosa Vilarinho:
Em conversa com a minha vizinha…, fiquei a saber que dá formação de preparação para o parto. Que enorme alegria ouvir falar de si.
Mas deixe que me apresente.
O meu nome é Marta, tenho 31 anos e há seis meses e vinte dias que fui abençoada com o nascimento do Afonso….
Infelizmente já não consegui fazer preparação do parto, uma vez que no centro de saúde…não existia e no hospital….as turmas estavam já completas, ….o que acabei por compensar com muitas leituras e trocas de experiência com outras mamãs.
….
À medida que o tempo ia passando, o coração ia apertando e todo o receio ligado ao nascimento do primeiro filho……
Faltava um dia para que o parto fosse provocado….completava 41 semanas quando senti as primeiras contracções.
Dei entrada no hospital….fiquei admirada com o quarto onde me instalaram. Tão diferente do que havia imaginado.
…….
As horas pareciam não passar….Hoje sei que foi tudo tão rápido. O tempo traz-nos a distância e a serenidade.
Relembro com uma enorme felicidade e um tremendo orgulho ter tido do meu lado o meu companheiro que posso dizer deu à luz comigo.
Mas há alguém que não vou esquecer jamais, não só por ter partilhado aquela que foi a experiência mais profundamente marcante da minha vida, mas também porque possui um enorme carisma e uma sensibilidade única que só alguns têm e muito poucos transmitem….
Mas o certo é que a lembrarei sempre como a mulher que me ajudou, da forma mais ternurenta, amorosa, doce e profissional, a trazer à vida o meu maior tesouro.
……
De si só tenho ouvido comentários excelentes.
Espero que receba a recompensa meritória pelo magnífico e valioso trabalho que faz.
Tem que ser abençoada uma pessoa assim, que lida tão perto e tão bem com a VIDA!
De mim, não deve lembrar-se…
Só posso dizer – que me distinga da maior parte das mulheres que possa ter ajudado – é que havia decidido não saber o sexo do bebé até ao momento em que a Rosa deitou sobre mim o Afonso e me deixou adivinhar.
Disse-lhe à saída da sala de partos: “Obrigado por ter tornado tudo tão fácil”.
Eu, que tinha lido tanto e tantas coisas sobre parto humanizado.
Posso orgulhar-me de dizer, sem deixar de referir o trabalho da equipa em geral, que tive o parto com que se pode sonhar também graças a si.
Faço votos que continue o seu magnifico e impar trabalho com muito amor e dedicação.
O seu nome ficará gravado na memória de muitas famílias.
Na nossa já ficou.
Um forte abraço meu e do Afonso
Com profunda gratidão
Marta Silva



»» Existem momentos marcantes na vida das pessoas e ser mãe é seguramente um deles, talvez o mais importante e desafiador.
Obrigado por a ter ao meu lado nesta fase que irá mudar a minha vida para sempre.
Obrigado pelos conselhos e dicas, mas, mais importante, pelo carinho e dedicação que culminou com o nascimento do Rodrigo que é o orgulho dos pais!
Manuela Silva (Abril 2007)